sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fim de Caso

Esta é uma carta de despedida! De despedida de mim. Estou terminando comigo, estou me demitindo. Por que? Ora, porque pisei na bola. Porque fui longe demais. E porque me fiz mal. De muitas maneiras. E o pior, não fui fiel, não fui fiel a mim mesma.
Acho que diversas vezes eu poderia ter feito mais, ousado mais, poderia ter dado mais amor a minha pessoa. Não exerci o romantismo obrigatório nesta passageira vida. Por que não me beijei como deveria? Por que tive tanto medo do espelho? Quantos nãos eram pra ser sim e quantos sim era pra serem nãos?
Onde estava com a cabeça "eu e eu"?
Ei, eu! Me encare! E de frente! Não fuja de mim! Não precisamos ser tão covardes, tão infantis...
O fato é que agora mudanças virão, para meu bem, e para o seu bem. E tudo vai mudar, desde a maneira que olho o pôr do sol, até a maneira que eu sorvo o meu café, tantas vezes aguado. Vai ser uma auto-ajuda como nunca antes vista. Eu vou me surpreender. Você vai se surpreender. Nós vamos ficar perplexos. A caneta e o papel serão os meus guias, as idéias me conduzindo a outras, serei escravo da escrita, da fala, vou agir, vou verbalizar.
Serei menino e menina, homem e mulher, cliente e gigolô, vou experimentar as margens e os meios dos rios, tudo, tudo, menos uma vivencia moralista.
Então, se liga. Fique atenta! Algumas dores virão. Elas fazem parte. Prazeres também, porque às vezes, o prazer é dificil de se aceitar, a felicidade para muitos é doída.
Então, tchau, amiga. Vamos mudar o rumo, mas ainda, Te amo.
Melhore de um lado, que eu melhoro de outro. Não piore, porque poderá ser a ruptura total.
Eu amo você.
Eu amo eu.
Eu me amo.
Mas você, eu, me machuca as vezes.
E isto, eu não quero mais.
Se cuida, porque tem tempestade lá fora, e as vezes a vida nos encharca.

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